Já publicamos aqui, neste espaço, que áreas limpas são ambientes controlados nos quais a limpeza do local e parâmetros, como temperatura, umidade, pressão, partículas fluxo de ar devem sermonitorados e registrados. Justamente por isso esses ambientes são denominados “Limpos”, comportando vários tipos de processos que dependem dessa máxima assepsia. No tangente às Indústrias Farmacêuticas, as salas limpas são extremamente importantes, pois qualquer risco de contaminação pode afetar não só os profissionais e a produção de medicamentos, mas também todo o fluxo de faturamento.

Vejamos. Em análise global, o mercado farmacêutico alcançou US$ 1,74 trilhões em vendas em 2020. Já o mercado brasileiro de medicamentos no Canal Farmácia movimentou R$ 76,98 bilhões em 2020, alta de 8,58%, e venda equivalente a 4,7 bilhões de unidades (caixas), segundo o levantamento da consultoria IQVIA. O Brasil responde aproximadamente por 2% do mercado mundial, sendo o 7º em faturamento no ranking das 20 principais economias e projeção de 5º para 2023. Na América Latina, é o principal mercado. Os dados são parte do levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), elaborado pela Diretoria de Mercado e Assuntos Jurídicos.

Também por estes dados, as salas limpas tanto para a produção, armazenamento, quanto o transporte de medicamentos são muito importantes. Mas quais são as especificidades destes ambientes?

Comecemos pela sua Classificação: existem inúmeras normas, guias de GMP e legislações que são utilizadas para as classificações de salas limpas.  Eis as mais utilizadas:

No passado a classificação de áreas limpas era obtida por números máximos de partículas em suspensão no ar, 100, 10.000 e 100.000, sendo comumente utilizada no Brasil, até a publicação da norma ISO 14644-1, em 1999.  

(No próximo artigo conheça como funciona cada uma dessas classificações).

Estruturas – A construção de uma sala limpa para as Indústrias Farmacêuticas, também deve se atentar para os artigos da Instrução Normativa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), IN Nº 35, DE 21 DE AGOSTO DE 2019, com destaque para:

Além dos itens abordados acima, é imprescindível a atenção nos seguintes componentes do espaço:

Principalmente no momento da montagem, em que os cuidados devem ser redobrados, a fim de eliminar qualquer tipo de contaminação, justamente quando este espaço começar a ser utilizado, garantindo, saúde e bem-estar dos colaboradores, qualidade de seus produtos e a preservação do meio ambiente.

Outro ponto de destaque é a parceria com profissionais experientes, conhecedores de todos os pontos exigidos para a funcionalidade adequada de uma sala limpa na Indústria Farmacêutica, que ofereçam além da assepsia no ambiente, qualidade no processo, promovendo a segurança de um projeto bem executado.